segunda-feira, 25 de abril de 2011

Imigração Japonesa em Lins

Em 1905 teve inicio a construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil, que ligava Bauru, na região central do estado de São Paulo , a Corumbá , nessa época no estado do Mato Grosso, hoje Mato Grosso do Sul ( estrada 2008). O Mapa da figura 3 mostra o trajeto ferroviário percorrido pelos japoneses desde Santos até Lins.
Essa ferroviária foi determinate para a expansão cafeeira e para o crescimento populacional dos imigrantes nas regiões por ela cortada. Á medida que a ferrovia penetrava  no sertão desconhecido, na região oeste de Bauru, contruíam-se estações, ao redor das quais fundavam povoados. Assim, o imigrantes japoneses começaram a implementação do núcleo de colonização, como núcleo Hirano, em 1915, na Estação Presidente Pena, atual Cafelândia; núcleo Barbosa, em 1916, na Estação Albuquerque  Lins, atual Lins; núcleo Itacolomi (Uetsuka n 1), em 1918, na Estação Heitor Legru, atual Promissão; núcleo Birigui, em 1918, na Estação Birigui, atual cidade do mesmo nome (Handa, 1987; Carvalho, 2007).
O núcleo Hirano é conhecido como uma das mais amargas experiências de colonização japonesa. Os imigrantes foram acometido por surto de malária, a qual causou cerca de oitenta óbitos em 1916 e fez restar apenas trinta famílias. Além disso, em 1917, o núcleo sofreu um ataque de "núvem de gafanhotos", que chegou a escurecer o céu e devastou toda vegetação, e, em 1918, um longo período de seca, seguido de geada, que castigou as lavouras de café ( Handa, 1987; Koga 2006)
Desse modo, por causa do menor número de casos de doenças como a malária e o calazar, os japoneses optaram pela região de Lins. Ademais, alguns colonos, em busca de novas oportunidades, fugiram das fazendas de café para escapar da escravidão por dividas. Diversos bairros foram então formados e, na década de 1930, Lins tinha a maior concentração de nikkeis do país. A base econonômica  dos nipônicos era a agricultura: criavam bicho-da-seda e plantavam feijão, milho, algodão e arroz, mas foi na cultura de café que a colonia se especializou. Cerca de 70 por cento dos cafezais do município perteciam aos japoneses e , nessa época, Lins foi considerada o maior centro cafeeiro do mundo(Koga,2006).

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