terça-feira, 23 de dezembro de 2014

KODOMO NO HI OU DIA DAS CRIANÇAS








Tradicionalmente, conhecido como Tango no Sekku (Festival Tango) ou Shobu no Sekku (Festival das Flores de Íris), o Festival dos Meninos, comemorado no dia 5 de maio, tornou-se feriado nacional em 1948 e foi renomeado como Kodomo no Hi ou o Dia das Crianças. Apesar da mudança do nome, observa-se que a maioria das famílias japonesas ainda mantém a tradição de comemorar nessa ocasião o dia dos meninos.

É costume comemorar a data pendurando flâmulas em forma de carpas voadoras (Koinobori), símbolos de sucesso, no exterior das casas e enfeitar a sala de visita com


bonecos de guerreiros (Mushaningyo), que representam generais feudais com seus pertences (espada, armadura, capacete, bandeira, etc). Essa celebração tem como objetivo encorajar a masculinidade, a vitória sobre as dificuldades da vida e o êxito nas empreitadas.

A guloseima apreciada nessa data é o doce de arroz embrulhado em folhas de carvalho (Kashiwamochi) que, comumente, é distribuído na vizinhança e entre amigos. Os meninos se banham em uma água preparada especialmente para a data, aromatizada com folhas de Íris, que também são colocadas nos telhados das casas. Existe a crença de que as folhas de Íris afastam a doença e os maus espíritos.


5 hábitos rudes que não são considerados falta de educação no Japão



Existe uma enormidade de regras de etiqueta no Japão que, por vezes, pode fazer os estrangeiros sentirem-se um pouco restritivos. Porém, há vários hábitos classificados como grosseiros por ocidentais, mas que, surpreendentemente, não são considerados rudes pelos japoneses e, ao contrário do que possa pensar, fazem parte da cultura do país.

Veja os cinco hábitos “rudes” que fazem parte da cultura japonesa:
1. Gritar em um restaurante
Quando é preciso chamar um garçom, os japoneses gritam em bom tom a palavrasumimasen (desculpe-me). Isso é uma coisa perfeitamente aceitável a fazer. Alguém vai correr direto para atender.

2. Empurrões em trens
Os trens de Tóquio são demasiadamente lotados e os empurrões são comuns cada vez que é preciso subir ou descer de um trem.

3. Segurar ou abrir as portas
Em muitas situações, os japoneses são menos propensos a segurar as portas para um estranho. A cultura japonesa não destaca homens segurando ou abrindo as portas para as mulheres. Isso não representa, no entanto, que os japoneses não são educados. Significa apenas que o cavalheirismo no Japão não está associado a abrir ou segurar portas.

4. Comer sushi com as mãos
É perfeitamente aceitável comer todas as variedades de sushi com as mãos. Uma prática, no entanto, mais comum para os homens do que entre as mulheres.

5. Fazer barulho ao sugar uma sopa ou macarrão
Quando se consome macarrão quente ou frio, como ramen, udon e soba, é considerado educado sorver o mais alto possível. As sopas e caldos, como o popular missoshiru, também é costume fazer bastante barulho ao sugá-los, sendo que as tigelas dos caldos podem ser, “educadamente”, levadas a boca para que não sobre nada dentro delas.

Pode ser difícil para um ocidental se imaginar praticando tais atos, mas para os japoneses é algo estritamente cultural.
Entretanto, apesar desses poucos modos considerados “falta de educação” para alguns, uma recente pesquisa revelou que os estrangeiros consideram o povo japonês um dos mais educados do mundo. 

domingo, 19 de outubro de 2014

Ministra da economia do Japão entrega o cargo

Após caso de corrupção, ministra da economia do Japão entrega o cargo.
Grupo político dela teria desviado verba em compra de ingressos teatrais.
'Desconhecimento não serve como desculpa', disse ela nesta sexta-feira.

Yuko Obuchi, que colocou o cargo à disposição após denúncias de corrupção (Foto: Yuya Shino/Reuters)



A nova ministra de Economia do Japão, Yuko Obuchi, pôs seu cargo à disposição do primeiro-ministro, Shinzo Abe, devido ao escândalo sobre o uso ilícito de recursos por parte de sua organização política, afirmou neste sábado (18) o jornal 'Nikkei'. Premiê ainda não se posicionou sobre o pedido.

Yuko, que assumiu a pasta de Economia, Comércio e Indústria no último dia 3, foi a nomeação mais destacada na primeira remodelação ministerial feita pelo governo Abe desde que chegou ao poder em dezembro de 2012. O primeiro-ministro passa por um momento de desgaste de sua popularidade.

Na semana passada, a imprensa japonesa revelou que uma organização política vinculada à Yuko teria usado ilicitamente de recursos para comprar entradas de teatro a seus filiados.

O desvio, que seria de 26 milhões de ienes (cerca de R$ 600 mil), ocorreu entre 2010 e 2011, quando a atual ministra era parlamentar.

A legislação de controle de finanças durante campanhas eleitorais no Japão proíbe expressamente que sejam dados presentes ou feitos convites a eleitores.

Os partidos da oposição pedem a demissão da ministra e denunciam outras suspostas despesas ilícitas, entre elas uma viagem feita por ela em 2012 e que não aparece nas contas da organização. Há também a compra de produtos para bebê e roupas para uma empresa vinculada à família de Yuko.

Ela já se mostrou disposta a assumir a responsabilidade sobre o caso ao afirmar que o "desconhecimento (do desvio) não serve como desculpa", após ser perguntada sobre a situação em um depoimento no Congresso japonês na última sexta-feira.

Yuko disse que foi "surpreendida" ao saber do caso pela imprensa e que iniciaria uma investigação "de forma urgente e profunda".

O primeiro-ministro do Japão estudará a situação e decidirá se aceita a demissão de Yuko em seu retorno ao país neste sábado, após participar da cúpula Ásia-Europa na Itália, disseram fontes do Executivo ao jornal 'Nikkei'.

A saída da ministra seria um duro golpe para a estratégia de renovação e concessão de mais protagonismo político às mulheres empreendida por Abe, considerado conservador, que decidiu nomear cinco ministras - fato que não ocorria no Japão desde 2001 - embora a maioria tenha sido colocada em pastas de menor importância.

Yuko Obuchi, filha do ex-primeiro-ministro Keizo Obuchi e com apenas 40 anos, era o rosto mais jovem e representativo da tática proposta por Abe.

Além de ter que lidar com os desafios econômicos do Japão, o ministério liderado por Yuko é responsável pelo delicado processo de reativação de parte dos 48 reatores atômicos após a crise nuclear na usina de Fukushima, provocada por um terremoto e um tsunami em março de 2011.