segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Banho público Japones ou Sentô

Sentô é o nome que se dá no Japão às casas de banho público, onde é possível banhar-se mediante pagamento de um valor geralmente módico. Há registros de que os sentô existiam já na Idade Média, mas sua popularização ocorreu duranre o Período Edo (1603-1868).        Até o Período Meiji (1868-1912), os sentô, assim como os onsen (estação de águas termais), permitiam o banho misto de homens e mulheres. Depois, por influência da cultura ocidental, passou-se a proibir o banho misto. Para o japonês típico, tomar banho é um ritual diário obrigatório.         O banho é visto não somente do ponto de vista da higiene. Ele serve não apenas para tirar a sujeira do corpo, mas também para "purificar a alma" - uma herança do xintoísmo. Além do mais, ajuda a relaxar e elimina a fadiga do trabalho.
        Houve uma época em que se podia encontrar um sentô em todos os cantos do Japão. Era no tempo em que as pequenas casas japonesas raramente estavam equipadas com banheiro próprio. Os sentô eram pontos de encontro da comunidade local. Os moradores da vizinhança iam ao sentô não só para tomar banho, mas também para colocar a conversa em dia com os amigos.        Hoje, a maior parte das casas japonesas dispõe de banheiro.Em conseqüência, o número de casas de banho público vem reduzindo-se drasticamente. Para chamar de volta a freguesia, as casas de banho procuram modernizar-se.         Algumas casas tradicionais instalaram sauna e aparelhos de condicionametno físico, para atrair os clientes preocupados com o corpo e a saúde.         Outras casas se aproximaram mais de um centro de lazer, instalando equipamentos de karaokêvideokê e outras formas de entretenimento. Os sentô podem ser identificados à distância por suas chaminés bem altas. A entrada da casa do banho exibe geralmente um noren (cortina curta com o nome do estabelecimento). Na sala de banho propriamente dita, é comum observar murais retratando o Monte Fuji. Mesmo sob risco de extinção, os sentô já fazem parte da cultura japonesa. E há quem afirme: se você nunca foi a um sentô, não pode dizer que conhece o Japão.
Fonte: São Paulo Shimbun 09/09/1999

Japão

Nome oficial: Japão (Nippon)
Capital: Tokyo
Nacionalidade: japonesa
Idioma oficial: japonês
Religião: xintoísmo e budismo (84%)
Território: 377.864 km2 (em quatro grandes ilhas – Honshu, Kyushu, Shikoku e Hokkaido – e 6.848 outras menores)
Moeda: iene
Calendário: 2004 equivale ao 16º ano da Era Heisei no calendário japonês

População: 127,3 milhões (outubro 2001)
População urbana: 75%
Taxa de crescimento demográfico: 0,29% (2001)
Alfabetização: 99% (estimativa 1999)
Universidades: 669 (maio de 2001)
Leitos de hospital: 1.864.448 (2000)
Médicos: 1 para 555 pessoas (1996)
Expectativas de vida: Mulheres (84,6 anos); Homens (77,7 anos) – Dados 2000.
Mortalidade infantil: 3,2 por 1.000 crianças nascidas (2000)
Densidade demográfica: 339,8 pessoas por km² (1999)

Principais cidades: Tóquio (aglomerado urbano: 27.242.000 hab.; cidade: 7.966.195 hab.), Osaka (aglomerado urbano: 10.618.000 hab.; cidade: 2.602.352 hab.); Yokohama (3.307.136 hab.), Nagoya (2.152.184 hab.), Sapporo (1.757.025 hab.), Kyoto(1.463.822 hab.), Kobe (1.423.792 hab.).

Economia

PIB (em ienes): 532,96 trilhões (2002)
Renda per capita: US$ 24.036 (2002)
Crescimento do PIB: 1,7% (2000)
Força de trabalho: 65,87 milhões de pessoas
Exportações (em ienes): 48,979 trilhões (2001)
Importações (em ienes): 42,416 trilhões
Produção agrícola – Principais culturas: arroz, beterraba açucareira, hortaliças e frutas. Pecuária: avicultura. Pesca: maior frota pesqueira do mundo
Produção industrial – Principais indústrias: manufaturados de tecnologia avançada, equipamentos pesados elétricos, veículos e motores, equipamentos eletrônicos e de telecomunicações, máquinas de ferramentas e computadorizadas, sistemas de produção, locomotivas e equipamentos de transportes, estaleiros, produtos químicos, produtos têxtil, alimentos processados, instrumentos de precisão.
Principais parceiros comerciais: Estados Unidos, China, Europa Ocidental, Sudeste Asiático.

›› O País
Os esforços das indústrias e do governo, uma forte ética no trabalho, o completo domínio da tecnologia e os gastos com defesa proporcionalmente pequenos (cerca de 1% do PIB) foram alguns dos fatores que ajudaram o Japão a se tornar a segunda maior economia do planeta. Uma das características da economia do país é o perfeito relacionamento entre fabricantes, fornecedores e distribuidores, chamado "keiretsu". Por muito tempo também se destacou o emprego vitalício, privilégio que vem sendo eliminado pelas empresas.

A indústria é o principal motor da economia japonesa, apesar de depender quase que integralmente da importação de matérias primas e do petróleo. O setor agrícola, com menor peso, recebe fortes subsídios e proteção do governo. O país é auto-suficiente em arroz – o alimento básico da população – mas importa cerca de metade de cereais e demais alimentos.

Durante três décadas, o Japão manteve crescimento econômico espetacular: 10% nos anos 60 e de 5% nos anos 70 e 80. No entanto, entre 1992 e 1995 o ritmo teve uma desaceleração devido as novas medidas do governo para diminuir as especulações no mercado imobiliário. No final de 1995, a estrutura financeira também sofreu um baque provocado pelas centenas de milhões de dólares de dívidas não-declaradas.

Apesar desses percalços, a economia do Japão continuou forte graças ao superávit comercial, aos investimentos no estrangeiro, além da manutenção do baixo índice de desemprego (em comparação com os demais países desenvolvidos) e de inflação.

A falta de espaço para abrigar os mais os 127,3 milhões de habitantes e o envelhecimento da população continuam sendo os grandes problemas atuais do país.


›› Língua Japonesa

O Japão tem população de mais de 120 milhões de habitantes e, lingüisticamente, é quase uma nação homogênea, já que mais de 99% falam o mesmo idioma. Há várias teorias sobre a origem da língua japonesa. Muitos estudiosos acreditam ser sintaticamente muito próxima das línguas altaicas, como a turca e a mongol, e do coreano. Há ainda evidências que sua morfologia e vocabulário foram influenciados pelas línguas malaio-polinésias do sul.

O sistema de escrita japonês veio do chinês, apesar de as línguas faladas nos dois países serem completamente diferentes. Além dos kanjis (os ideogramas), os japoneses adotam duas escritas silábicas, o hiragana e o katakana.

Ainda hoje, um grande número de dialetos regionais é usado no Japão. O padrão lingüístico tende ser o falado em Tóquio, que está se expandindo por todo o país por meio da mídia, mas os dialetos usados em Kyoto e Osaka continuam firmes.


›› A Família Imperial

O Imperador do Japão é o símbolo do Estado e, de acordo com a Constituição, não possui poderes relacionados ao governo. Os membros da Família vêm de uma linhagem secular, sendo a mais antiga dinastia do mundo, e tem como símbolo a flor de Crisântesmo.

O imperador Akihito ascendeu ao trono em 7 de janeiro de 1989 após o falecimento de seu pai, o imperador Hirohito (conhecido como Imperador Showa), e deu início à atual era no calendário japonês, a Heisei.

O ano de 2004, portanto, equivale ao 16º ano da Era Heisei no calendário japonês.

Bonsai



O que é um bonsai?????
A palavra bonsai é vinda do japonês, e significa “árvore em bandeja”. De outra forma, podemos dizer que é uma árvore ou arbusto, com dimensões reduzidas, plantado em um vaso de pequena profundidade.
Basicamente, o bonsai é uma réplica artística de uma árvore natural em miniatura, representando a arte viva da união de arte, agrotécnicas e tempo.

Origem:

Ao contrário do que muitos imaginam, há fortes indícios de que a arte do bonsai se iniciou na China, e não no Japão, onde a técnica foi mais difundida.

Definição:

inicialmente, não há qualquer regra relacionada à produção de bonsais, mas com o surgimento de concursos, vendas e leilões, várias classificações surgiram. Mas para alguém que cultiva de forma amadora, essas classificações pouco importam. Mas apresentaremos alguns dos estilos definidos.

Difundimento:

O cultivo de bonsais se tornou um hobby não só no Oriente, nos últimos 20 anos, a técnica ocupou o mundo todo. O cultivo comercial hoje gera muita receita em todo o mundo, sendo que os bonsais mais antigos e bem moldados chegam a altíssimos valores no mercado. Esse interesse pelo cultivo e comércio do bonsai vem crescendo junto a outras artes orientais que vem sendo muito valorizadas nos últimos anos.

Estilos:

Com o difundimento da técnica, foram dividios alguns estilos básicos de bonsai.Existem bonsais de diversos tamanhos, dentre eles, estão os:
- menores de 15cm: chamados de mame.
- de 15 a 30cm: considerados pequenos.

- de 30 a 60cm: considerados médios.

- acima de 60cm: considerados grandes.

Há na natureza várias formas que caracterizam cada árvore. Essas formas são imitadas no bonsai, para reproduzir as formas naturais.
Dentre esses estilos estão:

Chokan: Estilo ereto formal. Árvore com tronco reto, que vai diminuindo de espessura gradualmente, da base ao ápice. Os ramos devem ser simétricos e bem balanceados.

Moyogi: Estilo ereto informal. Tronco sinuoso, inclinando-se em mais de uma direção à medida que progride para o ápice. A árvore deve dar a impressão de um movimento gracioso.

Shakan: Estilo inclinado. Tronco reto ou ligeiramente sinuoso, inclinando-se predominantemente em uma direção.

Kengai: Estilo cascata. A árvore se dirige para fora da lateral do vaso e então se movimenta para baixo, na direção da base do vaso, ultrapassando a borda do mesmo. Os vasos nesse estilo são estreitos e profundos.

Han-kengai: Estilo semi-cascata. Semelhante ao anterior, com a árvore se dirigindo para fora da lateral do vaso, mas não segue para a base do vaso.

Fukinagashi: Varrido pelo vento. Árvore com ramo e tronco inclinados como que moldados pela força do vento.

Na realidade, quase todas as árvores e arbustos podem ser usadas para se fazer um bonsai. Mas as melhores candidatas são aquelas árvores ou arbustos que possuem pequenas folhas e pequenos galhos, sendo naturalmente densas e compactas. Essas características ajudam a criar uma melhor ilusão de escala, tornando a planta mais proporcional.
O formato do tronco e galhos do bonsai pode ser modelado através da aramação (colocação de arames). Os arames são colocados e mantidos por um ano ou mais, ou até que os galhos já tenham se estabilizado no formato.
***Dica:
Para iniciarmos os tratos em um bonsai verdadeiro, isso pode levar anos. Para que a pessoa possa treinar esses tratos, podemos utilizar plantas de rápido crescimento, como suculentas, em vasos grandes, podando-as e modelando-as com arames.
Apesar de podermos plantar nosso bonsai começando pelas sementes, que podem ser coletadas ou compradas, o meio mais comum e recomendável para se fazer um bonsai é através da compra de uma muda em um viveiro confiável.

***Como escolher a muda?

Escolha uma muda de tamanho em torno de 15 a 20 cm de atura, com tronco forte e relativamente espesso, verificando sempre a ausência de doenças e ferimentos no tronco da planta.
A espécie e muda a ser utilizada deve ser escolhida de acordo com o tipo e forma do bonsai que você deseja fazer.

***Exemplos de bonsai:

Algumas boas espécies para bonsai são: Pinheiro-japonês, mini-romã, cerejeira, jabuticaba, Jequitibá, pitanga e azaléa como o bonsai da foto ao lado.